Pela ordem e pelo progresso...

           Para compreender o conceito de educação e saúde, é preciso refletir sobre a realidade em que a sociedade vive e a sua relação neste contexto. Se visitarmos o contexto histórico, veremos que a saúde sempre foi privilégio de poucos, de um grupo minoritário e que sempre explorou de todas as formas o povo, fragilizado e indefeso.

         A educação e saúde só foi voltada para o proletariado em benefício da classe dominante, porque houve um aumento do contingente de pessoas pobres doentes e essa situação não seria positiva nos seguintes aspectos: Quanto mais pessoas doentes, mais fácil seria a contaminação de todos e a mão de obra barata para realizar os trabalhos, seria terrivelmente afetada. Esses foram os principais fatores que levaram as autoridades a preocupar-se com educação e a saúde da população.

          Uma das soluções encontradas pela classe dominante foi afastar a população dos bairros nobres, descentralizando-os. Para isso, providenciaram a construção de conjuntos habitacionais afastados das grandes cidades. Essa realidade é refletida ainda hoje no município de Gravataí, onde concentra-se um dos maiores conjuntos habitacionais, Morada do Vale I , II e III e na grande Porto Alegre, o bairro Restinga foi construído com o propósito de agrupar um número elevado de pobres em um lugar sem recurso, sem hospitais, sem transporte coletivo, com o intuito de dificultar o deslocamento da população.

          O bairro Restinga ainda apresenta sérias dificuldades, tanto é que os projetos sociais desenvolvidos pelo governo ou por Ong's em sua maioria, acontecem na região com a intenção de melhorar a qualidade de vida da população.

          Ainda na atual conjuntura, não vemos uma proposta de educação para saúde ou de prevenção de doenças, tal acesso continua sendo privilégio da classe dominante. Para que a educação e saúde seja igual para todos, é necessário que tenhamos condições igualitárias, tais como: um bom atendimento médico, suporte para a compra de alimentos benéficos para a saúde, saneamento básico adequado, lazer e segurança, entre outros.

          Concluímos que para melhorar a saúde de uma população, é preciso que haja investimento maciço na prevenção e na educação de seu povo.