O Lúdico no Ensino da Produção Textual

O ato de escrever em nossa sociedade é mais valorizado do que qualquer outra maneira de comunicação, mas a escrita não era para todos, pois sua origem era restrita apenas para o grupo que pertencia às classes dominantes, ou seja, as classes que tiveram a oportunidade de frequentar a escola.
Na atualidade, a escola enfrenta dificuldades em trabalhar a escrita em função do passado que está atrelado à hierarquias, à severas convenções, que coíbem, constrangem, humilham e excluem.
Baseadas em todo este trajeto histórico e social da convenção da escrita, é que nós, alunas do 2º semestre de pedagogia, fomos desafiadas a transformar essa visão negativa da construção da escrita
em algo produtivo e prazeroso, fazendo com que o sujeito perceba que esta forma de expressão faz parte de sua vida nos mais variados contextos como por exemplo: receitas, listas de supermercados, bilhetes, jornais, etc.
Através do lúdico, o ser humano cria e recria tornando suas ações mais espontâneas de uma forma leve e prazerosa, no entanto, nosso objetivo aqui é compartilhar uma experiência prática que foi muito significativa tanto para nós que propomos a situação de aprendizagem, quanto aos(as) educandos(as) que a realizaram.

Metodologia: Esta situação de aprendizagem, é feita em 5 etapas:
1)música suave e relaxamento, preferencialmente através de massagem;
2)ouvir a música suave e fazer desenhos com os olhos fechados, ou seja, deslizar a
caneta ao som da música;
3)formar grupos de 5 pessoas e listar as formas encontradas por todos;
4)criar uma história, onde apareçam todas as formas da lista do grupo;
5)ler as histórias para o grande grupo.

Sugestões: - as histórias criadas pelos grupos, poderão ser dramatizadas.
- a partir das histórias, pode-se trabalhar o vocabulário com o auxílio do dicionário;
- as histórias poderão ser transformadas em um livro.
Histórias construídas pelos educandos(as):
(Acadêmicos da PDN21)


Passeio de domingo

Num domingo de sol, Manoelita foi ao zoológico do mundo da imaginação com os seus pais e para lhe fazer companhia, levou sua boneca que vestia saia rodada.
Chegando no zoológico, ficou encantada com o caminho de notas musicais que levava direto ao aquário onde moravam as baleias e a tartaruga. Era um aquário muito bonito e enfeitado com lindas conchas.
Mais adiante, avistou um triângulo amarelo com uma reta vermelha que indicava uma fazenda que tinha uma vaca.
Quando o relógio indicou 8 horas, eles perceberam que já era tarde e foram procurar a saída. Então se surpreenderam ao encontrar uma guia vestido de rei com uma coroa magnífica que lhe levou até a saída. Manoelita e sua família saíram do zoológico com o coração muito feliz.

Autoras: Camila, Celeste, Emilly e Rosiane.



O pássaro cupido

Era uma vez uma floresta encantada, onde o pássaro cupido vivia atirando suas flechas fazendo todos os animais da floresta se apaixonarem.
Até que um dia a flecha do cupido bateu na árvore e voltou no seu peito invadindo o seu coração fazendo com que ele se apaixonasse pela pássara Brenda no mesmo instante. Só que havia um problema: a pássara Brenda era cega e achava que por ser diferente não tinha o direito de amar e ser amada. Mas isso não foi suficiente para que o pássaro cupido desistisse do seu grande amor. Após muita insistência e provas de amor, a pássara Brenda se convenceu que merecia sim, mesmo sendo diferente amar e ser amada.
E assim foram felizes para sempre, servindo de exemplo de como o amor supera todas as diferenças.

Autoras: Letícia Jardim, Elenita e Paola.


Sonho

Em uma noite, num lugar que eu nunca fui encontrei uma menina que eu nunca vi. Ela não me contou mas eu sei, que ela vivia num mundo onde as formas eram todas retas, neste sonho que eu nunca ouvi ela sonhava com um mundo diferente onde as linhas do horizonte se encaixavam e arredondavam-se virando formas de coisas que jamais vi ou vivi. Neste mundo coelhos brincavam com peixes e andorinhas brincavam com cobras. Esses nomes foram inventados por ela, porém conhecidos para mim. Só que isso eu nunca vou dizer à ela.

Autoras: Patrícia, Letícia Guedes, Tales e Elisângela.


As baleias C e F

Era uma vez no fundo do mar morava a baleia mãe que amava muito, mas muito o seu filhote do fundo do seu coração.
A baleia mãe se chamava F e o filhote se chamava C. Com o passar dos anos o filhote F cresceu e sofreu um acidente e feriu a sua barbatana, sua mãe com seu enorme coração o acolheu e o cuidou até a sua recuperação total.
Depois desse dia F nunca mais se afastou do C, e continuaram nadando por todos os mares...
Fim.

Autores: Eliane, Cristina, Gabriela e Christian.



“O grupo que aplicou esta situação de aprendizagem nos educandos é composto pelas alunas: Andréia, Cristiane Barcelos, Cristiane Dias, Márcia, Rosemari e Tânia”.





Avaliação dos(as) educandos(as):


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Cristiane Barcelos, Tânia Graziadei

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